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Patos, PB, Brazil
Professor de Filosofia e Literatura na Rede Privada de Ensino desde 2003 (Colégio Compacto); professor de Língua Inglesa no Município de São Mamede (CENEC); Militante Sindicalista ligado ao SINFEMP (Patos e São Mamede); Diretor Estadual de Imprensa e Divulgação da CTB/PB

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CTB-PB programa Cursos de Formação Sindical para abril

CTB-PB programa Cursos de Formação Sindical para abril


Em reunião realizada no último domingo (23) em Campina Grande, precisamente em sua Sede Regional da Borborema, a CTB Paraíba definiu a realização de dois cursos, contemplando duas regionais, Campina Grande e Monteiro. Os cursos acontecerão nos dias 12 e 13 de abril em Campina Grande e nos dias 26 e 27 na Regional de Monteiro. Cada curso deverá envolver turmas de 30 sindicalistas por região.
A secretária de Formação e Cultura da CTB-PB, professora Alcicleide Lacerda, definiu como prioridade realizar cursos nas 14 regionais existentes, seis ainda no primeiro semestre. As reuniões estão marcadas para definir a equipe de professores, estrutura para a realização dos cursos e cada participante irá pagar uma taxa de inscrição de R$ 10,00 apenas para o material.
A reunião contou com a presença de dirigentes nas duas regionais. Na próxima quarta-feira (26) será realizada a reunião do sertão e alto sertão, onde serão definidos mais dois cursos de formação sindical.
Para o secretário estadual de comunicação, Fábio Marques, depois da realização do curso nacional de formação de formadores, a central no estado vai buscar implementar a realização de cursos por região, atingindo todos os dirigentes sindicais, que tem sindicatos filiados a central.
O secretário geral da CTB-PB e presidente do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande, José do Nascimento Coelho, afirmou que se faz necessário a formação sindical na região e esse curso será a oportunidade para os dirigentes sindicais se atualizarem, melhorando assim o trabalho sindical em suas entidades.
A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-PB, Lourdinha Bezerra, destacou a participação das mulheres nesses cursos, pois enquanto comerciária, irá envolver as associadas a entidade para participar do curso.
O presidente da estadual paraibana, José Gonçalves, deu total apoio à realização dos cursos, que fazem parte do Planejamento Estratégico Situacional da central realizado em 2013. “Vamos realizar o curso nas 14 regionais existentes no Estado com uma meta de atingir 420 sindicalistas até dezembro de 2014”, frisou o mesmo.
Prof. Fábio Marques de Santana, Secretário de Imprensa da CTB-PB

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ordem Demolay e Maçonaria - Aspectos destoantes da fé católica



Gostaria de deixar bem claro que o que aqui exponho não se dá por ódio ou rancor, antes é na intenção de abrir leque de estudos e pesquisas históricas, assim, todos os dados foram laboriosamente pesquisados em documentos provenientes da Igreja e assim é uma expressão do que ela pensa.

Essa pesquisa se deu por muitos comentários rolarem soltos em sala de aula. A mesma não quer ser a verdade única, quer apenas mostrar que algumas comunidades não são acolhidas no seio da Igreja Católica Apostólica Romana, não se quer dizer que a Igreja esteja certa ou que essas comunidades estejam certas, ou ainda erradas quaisquer que sejam. Minha intenção é simplesmente mostrar que elas não se completam, dadas suas histórias e doutrinas serem distintas em muitos ou quase todos os aspectos. Vejamos:

“Toda árvore boa, dá bons frutos; toda arvore má, dá maus frutos” (Mt 7,17).

“Temos a confiança de que Deus se dignará de enviar um socorro oportuno e misericordioso ao gênero humano exposto a tamanho perigo [a maçonaria]“ (Encíclica Humanum Genus, Papa Leão XIII).

A primeira pergunta que me chega é: “como tratar com um amigo que está envolvido em uma sociedade secreta como é a DeMolay?”. Pois bem, primeiramente você deve esclarecer os pontos em que a doutrina maçônica contradiz a doutrina católica.

Há vários argumentos contra a Ordem DeMolay que veremos a seguir.

Como afirmar que não há algo de religioso na Ordem DeMolay, se até hoje milhões de jovens se ajoelharam e se ajoelham perante os “altares” desta Ordem? E se o próprio fundador e idealizador desta ordem a definiu assim: “DeMolay é conforme uma religião que é difícil de definir” (Frank S. Land)?

Podemos começar enumerando os pontos fundamentais da Maçonaria, embutidas na Ordem DeMolay, que são contrárias à fé católica. Tão contrárias, a ponto do Papa Leão XIII escrever uma encíclica que diz:

“(…) Em presença desses fatos, simplíssimo era que esta Sé Apostólica denunciasse, publicamente a seita dos maçons como uma associação criminosa, não menos perniciosa aos interesses do cristianismo do que aos da sociedade civil. Decretou, pois, contra ela as penas mais graves com que a Igreja costuma fulminar os culpados, e proibiu filiar-se a ela.” (Encíclica Humanum Genus, Papa Leão XIII).

Os pontos fundamentais, por vezes chamados também de “Os Princípios Sagrados” da Ordem Demolay são, segundo a própria ordem:

1. Ter menos de 21 e pelo menos 12 anos de idade completos;

2. Professar sua crença em Deus e reverenciar Seu Santo Nome;

3. Afirmar lealdade a seu País e respeito à Bandeira Nacional;

4. Aderir à prática de moral pessoal;

5. Fazer votos de seguir os elevados ideais típicos das Sete Virtudes Cardeais da Coroa da Juventude;

6. Aprovar a filosofia da Irmandade Universal e a nobreza de caráter e exemplificada pela vida e morte de Jacques DeMolay;

7. Estar ciente que o ingresso na Ordem DeMolay não lhes garantirá no futuro a iniciação em um Corpo Maçônico.

(Fonte: http://www.sociedadefraterna.org/,  Mas largamente publicado por diversos sites de Capítulos Demolay na internet)

A maioria das crianças e jovens que ingressam na Ordem DeMolay são atraídos, muitas vezes, por seus mistérios. Desde muito cedo, enganam-se com os “bons” princípios que a ordem aparenta ter e, consequentemente, adquirem uma mentalidade maçônica. E se estão realmente com alguma boa intenção ao entrar na ordem, esses garotos são obrigados a deixar a sua vontade de lado, ao participar do ritual de iniciação onde não raramente são obrigados a executar prontamente as ordens recebidas de seus “irmãos” mais velhos sem questioná-las. Esta anulação da vontade das pessoas é péssima, pois não é a vontade dos outros que deve reger nossa inteligência, e sim a nossa reta razão, sempre com o foco nos ensinamentos de Nosso Senhor.

Outro ponto importante a se esclarecer é o malefício das entidades secretas e fechadas, como a Ordem DeMolay. Nessas entidades há uma hierarquia de ensinamentos que são transmitidos secretamente ao logo dos anos aos integrantes. Essa regra imposta por estas seitas é totalmente divergente da prática de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sempre pregou publicamente seus ensinamentos.

Há inúmeros documentos da Igreja condenando as sociedades secretas. Recomendo-lhes que leiam atentamente a encíclica Humanum Genus, de Leão XIII, sobre a Maçonaria. Esse documento lhe trará bons argumentos contra a seita. A seguir transcrevo mais um trecho, agora da Declaração sobre a maçonaria escrita pelo Cardeal Ratzinger, hoje Papa Emérito Bento XVI:

Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão“. [Declaração sobre a Maçonaria, Cardeal Joseph Ratzinger]. Esse documento pode ser conferido no seguinte endereço da cúria romana:

É importante também salientar que a Ordem DeMolay prega a liberdade religiosa. Ou seja, o integrante deve crer em Deus, e, ao mesmo tempo, não fazer distinção de credos. A Liberdade Religiosa sempre foi condenada pela doutrina católica, pois pretende nivelar todas as religiões – as falsas e a verdadeira: a Igreja Católica – a única esposa de Cristo não pode ser equiparada às falsas religiões. Da liberdade religiosa que leva ao indiferentismo religioso, disse Gregório XVI:

Outra causa que tem acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja, aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos enganos dos ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião, contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis com facilidade, patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só Deus, uma só fé e um só batismo (Ef 4,5): entendam, portanto os que pensam poder-se ir de todas as partes ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo (Lc 11,23) e os que não colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem mancha (Simb. Sancti Athanasii).(…) Desta fonte lodosa do indiferentismo promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e que defende a liberdade de consciência. Esse erro corrupto que abre alas, escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas sagradas e civis, se estende por toda parte, chegando a imprudência de alguém asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte pior há para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep. 166)” (Encíclica Mirari Vos, Papa Gregório XVI, apud. Fora da igreja não há salvação).

E mais, a Ordem Demolay diz que não se ensina nenhum credo em seus capítulos, e o que vale é a opinião “sagrada” de cada um a respeito de Deus. Ora, além de instigar uma soberba em seus adeptos, isso fortalece uma mentalidade subjetivista em seus membros que aos poucos passarão a odiar o Deus verdadeiro por causa de suas regras, leis e dogmas infalíveis. É a vitória do “eu acho” sobre a verdade.

Ao contrário do que a Ordem Demolay ensina, um católico deve saber que as virtudes cardeais são quatro e não sete: fortaleza, prudência, temperança e justiça. E as virtudes que se opõem aos vícios capitais não são virtudes cardeais. Veja a esse respeito o comentário ao Pai Nosso de Hugo de São Vítor.

Sete são as virtudes, englobando as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Como são virtudes teologais, e, portanto sobrenaturais, nos são dadas por Deus com a graça santificante.
Porque na maçonaria não se fala em virtudes teologais, só em virtudes puramente filantrópicas, humanas? A Maçonaria segue o que podemos dizer de “religião do homem” ou do culto ao homem. Portanto ela omite as virtudes teologais, que nos submetem a Deus. O que a maçonaria quer é servir ao homem, e não a Deus.

A Filosofia da Irmandade Universal é defendida por grupos gnósticos, como os teosofistas seguidores de Madame Blavatsky, que até são satanistas – para mostrar o “amor” que eles têm pelas coisas sagradas – e que acreditam que todas as pessoas possuem dentro de si uma partícula divina e estariam, por assim dizer, ligados todos entre si numa Irmandade Universal. Por esse motivo a maçonaria prega o culto ao homem, pois acredita que ele seja “o deus” – pelo fato de todos terem esta partícula divina.

Vê-se claramente que esta teoria gnóstica, que os demolays devem aprovar como ponto fundamental para a iniciação na Ordem é totalmente contrária ao Catolicismo. Você pode encontrar no site da sociedade Montfort mais informações a respeito da gnose e sua relação com a maçonaria. Veja, por exemplo, a citação a seguir:

“A Gnose afirma que o Criador do Mundo é mau, e que seu inimigo, que aparece na Bíblia com o nome de serpente e Lúcifer, ele seria o deus bom. A Gnose afirma que o Deus que nos criou aprisionou uma partícula divina na matéria, e que, por isso, toda matéria seria má. Deste modo, ruim ter corpo, nascer e viver. Mau seria o casamento pois permitiria aprisionar novas partículas divinas na matéria corporal. Má seria a mulher, por ser o instrumento que usaria o Deus Criador para manter a divindade presa no universo.” (www.montfort.org.br/perguntas/movimentognostico.html).

Como podemos ver, um conjunto delirante de loucuras e todas aprovadas pelos Demolays e contrárias à verdadeira fé.

Como outro exemplo, posso citar as influências da filosofia de Madame Blavatsky (aprovada pela Ordem DeMolay) na história:

“No caso específico do nazismo, muitas de suas raízes ocultas levam diretamente a Madame Blavatsky e sua Sociedade Teosófica. Algumas sociedades secretas alemãs abraçaram idéias teosóficas, da mesma forma como adotaram algumas das doutrinas de Nietzche, notadamente suas teses eugênicas do super-homem. Aliás, a doutrina de Blavatsky defendia que existiriam seis raças básicas, das quais a Ariana faria parte, e que haveria uma futura raça, evolucionariamente superior”.

Outra pergunta é sobre o recebimento do sacramento da Eucaristia por parte dos Demolays e Maçons. Pois bem, se um jovem entra na Ordem Demolay, e se submete às práticas da entidade, ele já inicia um processo de negação aos verdadeiros ensinamentos da doutrina católica. Para que este jovem possa comungar é necessário antes que deixe a instituição, se arrependa de a ela ter pertencido e tenha o firme propósito de a ela não retornar, confessando-se com um padre e este propósito deve vir junto com atos de reparação pelo pecado. Assim, por exemplo, alguém que rouba deve procurar restituir aquilo que roubou se quiser obter de Deus o perdão pelo pecado. A confissão não é válida se o cristão não está arrependido de seus atos e nem possui o propósito de reparar o mal cometido e nunca mais tornar a cometê-lo.

Uma confissão hipócrita é um sacrilégio, pois a pessoa que pratica esta ação está querendo enganar a Deus, que tudo sabe. E jamais uma Confissão sacrílega pode ser um meio de abrir o caminho à Comunhão. Ao contrário, é mais um pecado mortal, do qual deve haver o total arrependimento para a contrição dos pecados.

O mesmo ocorre no caso das pessoas ligadas à maçonaria ou demolay. Se uma pessoa está realmente arrependida da sua participação nestas ordens, o arrependimento só pode vir com sincero desejo de desfazer esta união. Assim, antes de confessar, o pecador maçom deve primeiro arrepender-se do seu estado, separar-se de sua “irmandade”, e, somente após a confissão, comungar.

É claro que os padres de hoje deveriam alertar a imensa juventude que vive sem rumo e acaba caindo nas enganações e armadilhas especialmente preparadas para ela. Porém, muitos padres nem sequer tocam neste assunto justamente por estarem mal preparados para combater as heresias de nossa época atual, por vezes até participam.

Mais uma vez afirmo que minha intenção é explicar a doutrina da Igreja em seus muitos documentos com relação à maçonaria e seus movimentos. Não me interessa aqui julgar nem a Igreja nem essas comunidades secretas, porém não posso me furtar ao direito de expressão e afirmar que pelo que se expõe aqui, você não pode pertencer aos dois, há de escolher um. O meu eu já escolhi, aos leitores e estudiosos desejo paz e sabedoria em sua escolha.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

SERVIDORA DA PREFEITURA DE PATOS CHORA POR SER HUMILHADA

Na manhã dessa sexta-feira (30/08), enquanto os servidores municipais de Patos se aglomeravam na ACIP, uma senhora, Cícera, nos procurou para apresentar uma denúncia de ter sofrido humilhação por parte de uma funcionária da Secretaria de Saúde, a quem ela não soube nomear.

Cícera afirma que além de ter sido convidada a prestar serviços em dois lugares diferentes, ainda foi ameaçada de perder seu salário e, para piorar, a funcionária que comunicava-lhe a mudança, ainda caçoava da auxiliar de limpeza e serviços gerais, o que afirma Cícera, não era a primeira vez, dado o fato de que essa mulher é acostumada a causar humilhação e assédio moral para com funcionários de escalão inferior na secretaria de saúde de Patos.

Segundo a denunciante, essa funcionária tem cargo comissionado e nem de Patos é, veio do CE para trabalhar aqui e se dá ao luxo de se ver como dona do pedaço.

Nos colocamos ao dispor de todos os trabalhadores e trabalhadoras que se sentirem prejudicados e prejudicadas em seu ambiente de trabalho. Já encaminhamos dona Cícera para o SINFEMP tomar as providências cabíveis e vamos buscar mais informações do fato para apresentarmos maiores e mais contundentes denúncias.

Prof. José Fábio Marques de Santana
Secretário de Imprensa e Comunicação da CTB-PB

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Terrorismo mediático

‘O boom, e não a retração, é o momento certo para a austeridade’.
John Maynard Keynes

Por Roberto Amaral

O terrorismo mediático foi o grande vencedor da semana finda, construindo o ambiente de crise, inibindo investidores e consumidores e acuando o governo.

No plano da discussão política logrou dominar a pauta com as teses da ‘austerismo’ que estão asfixiando a Europa, ao dar prioridade aos credores sobre os trabalhadores. Esta opção está no cerne de um modelo  econômico que não se preocupa com baixo crescimento e vê no desemprego e nos baixos salários solução para tudo.

Exultam os traficantes das bolsas e especuladores de todos os naipes.  Suas vítimas são os trabalhadores e os assalariados em geral, e o crescimento já é apontado como inimigo do país. A grande imprensa comemora a queda da popularidade da presidenta. Ponto para os jornalões.

A inflação tem várias raízes. Tem as econômicas, as financeiras e tem as subjetivas,   derivadas  da criação da expectativa de sua eclosão.  Se o ‘mercado’ precisa de inflação em alta ele diz aos seus porta-vozes que haverá inflação e, falando todo dia em inflação, uma mera expectativa (artificial ou não) de inflação se transforma mesmo em inflação. O país que se dane.  Esse jogo é o jogo do chamado e decantado ‘mercado’. Quanto mais invisível mais senhor de baraço e cutelo da economia e da política, e todos conhecem os jogos de boatos fazendo subir e baixar ações para a acumulação dos especuladores.

Toda inflação pede combate, embora o sempre saudoso mestre Furtado nos lembrasse que uma pequena inflação como preço do crescimento poderia – e deveria – ser tolerada, desde que, claro, o crescimento lhe fosse superior. Era um pilar da sua crítica à política de Malan/FH. Mas entre nós  há  inflação real, sob controle, e há uma inflação subjetiva, desejada,  recessivista, saudosa do ‘austerismo’ estéril que só produz desemprego, queda de poder de compra dos salários, e muita concentração de renda.

As motivações são várias, desde evidentes  intenções políticas (na verdade as eleições de 2014 já estão sendo travadas em 2013), às tentativas de desestabilização de governo, a desconstituição da parte boa de uma  política econômica, a qual, com erros e acertos, jamais abdicou da busca do desenvolvimento  (de que é produto objetivo o virtual pleno emprego),  e da distribuição de renda, esta principalmente por intermédio dos reajustes do salário mínimo. Pois os reacionários já gritam como solução para o ‘surto inflacionário’: menos emprego e redução dos salários!

Toda inflação é intolerável mas essa que aí está, cadente (em cinco meses só mostrou a cara em um!), em  hipótese nenhuma representa ameaça ou desarranjo. Sua criação deriva da necessidade de abalar a popularidade da presidente.
Anunciando há meses uma pressão inflacionária que a população não vinha sentindo, a grande imprensa construiu a inflação necessária para voltar a falar na necessidade de promover desemprego, redução de salários,  revalorização do real, ou seja, tudo aquilo que não interessa ao nosso povo e à nossa economia. Em doses homeopáticas o receituário neoliberal que esta destruindo a União Europeia.

Quando o respeitável público resiste a se convencer de que a realidade de seu dia-a-dia não é uma tragédia, o mercado especulativo e seu porta-voz, a imprensa, lançam mão de ‘autoridades’ nativas e internacionais.  São  ‘consultorias’ comandadas por ex-funcionários do BC e até por ex-ministros como a de um ‘economista’ que no governo Sarney levou a inflação a 1.764,86 ano, entregando o ministério em março de 1990 com uma inflação mensal de 84%!  As consultorias internacionais são verdadeiros cassinos aquelas ‘agências’  que vendiam certificados de garantia para os bancos da Europa e dos EUA que estouraram em 2007/2008.

Agora, os ‘economistas mediáticos’ estão encantados porque a Standard & Poor’s, uma ‘agência de rating’, ameaça alterar sua própria classificação sobre o Brasil. Diz um comentarista entusiasmado com as notícias que vêm de fora: “Para os agentes do mercado e a mídia maistream, o que conta é a percepção [e não os fatos] de que a política econômica de Dilma Rousseff desandou de vez. O último prego no caixão foi a nota da Economist, reiterando criticas que já havia feito seis meses atrás”.
É assim a sabujice ideológica.

Se a  Av. Paulista ou a Praça Mauá precisam do aumento do dólar, a alta do câmbio vem a trote. Nas duas hipóteses, várias fortunas se fazem. Não adianta dizer que a inflação, baixa, é cedente porque a grande imprensa diz que estamos sob ‘alta inflacionária’ e de tanto dizê-lo atende aos interesses dos sabidos e induz os incautos ao erro. Não adianta dizer e comprovar mil vezes que é mínimo o risco de a depreciação cambial contaminar a inflação (para cada alta de 10% no câmbio há um incremento de 0,38 ponto percentual na inflação).

Os rentistas aplaudem, pois a receita é aumentar os juros e gastar divisas comprando dólar no mercado – isto é, enxugar gelo--, reduzir os gastos públicos (o que pode encerrar qualquer esperança de recuperação do crescimento econômico) com eles reduzidos espantar os investimentos privados, magros como cadela abandonada, e o investimento estrangeiro.
Desestimulados diante do quadro mediático de incerteza, os ‘investidores’ optam pela certeza de lucros na jogatina das bolsas, aproveitando a alta dos juros.

A imprensa ecoa os ditames da  The Economist, serviçal do FMI, responsável, com direito a autocrítica cínica, à receita imposta à Grécia, mais pobre do que jamais foi e  como nunca sem expectativa de futuro a médio prazo. Contritos como o jacaré que vem de devorar sua presa, batem no peito numa mea culpa cínica para reconhecerem que ‘exageraram’ na receita imposta à Grécia. Quantos já morreram na Grécia? Quantos ainda morrerão? Quem irá para a cadeia ou para a guilhotina? É chegada a hora de um Tribunal Russel para apurar os crimes contra a humanidade, o genocídio cometido pelos tecnoburocratas do FMI e seus chefes, a banca financeira por eles cevada e impune no Brasil e no mundo.

Enquanto a necessidade do país é crescer, crescer e crescer, vêm os neoliberais reclamar  da alta dos gastos, pedir a redução dos salários (que em 2013 já cresceram menos do que em 2012) e conclamar por menos emprego, indiferentes ao custo social que será cobrado ao país. Para baixar a inflação. Querem a depreciação do câmbio (isto é, a menor competitividade de nossos exportações de tudo e maior importação de  tudo) para, diminuir a inflação. Querem matar o doente para que ele não tenha mais dor de cabeça! E, cínicos cobram investimentos para acabar com nossos gargalos de infraestrutura e logística em geral e ao mesmo tempo em que cobram o aumento de gastos e a reclamam redução do superávit primário, com que o governo joga para dispor de mais recursos para mais investimentos. Reclamam do aumento do salário real, da ‘agregação de milhões de consumidores sem a necessária expansão da oferta”, reclamam da expansão do crédito e, até, do “crescimento de 7,5% [do PIB] em 2011 (Claudia Safatle, Valor de 14,15 e 16 de junho).

Há um terrorismo mediático. O objetivo de curto prazo é o governo Dilma mas se não for contido, a vítima será o futuro de nosso pais.

Presidente Dilma, por favor não dê ouvidos aos áulicos da tragédia. Nosso desafio é crescer e nosso povo está interessado em renda (manutenção de seu poder de compra) e emprego. Não deixe o Ministério da Fazenda fazer mais cortes de gastos e ouça – quem diria!- o conselho  de um velho liberal, Antonio Delfim Netto, em seu último artigo na Carta Capital: “Voltar a elevar a taxa de juros real é um caminho ruim, porque em primeiro lugar valoriza o câmbio e em segundo lugar reduz os investimentos, o que prejudica todo o desenvolvimento futuro”.

Fonte: CartaCapital

Reduzir já as tarifas e avançar nas mudanças...

Em nota, CTB lembra que a revogação do reajuste das tarifas de ônibus e Metrô é uma medida emergencial reivindicada pelos que fazem uso do transporte coletivo e vivem o dia a dia dramático da mobilidade urbana nos centros metropolitanos. Confira!



Em recente reunião com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no âmbito do Conselho da Cidade, do qual participa, a CTB defendeu a suspensão do aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, posição que se tornou unânime entre os conselheiros. O reajuste aplicado por Haddad neste ano, elevando o preço da passagem para R$ 3,20, ficou abaixo da inflação, mas a alta acumulada da tarifa nos últimos anos foi bem superior à evolução geral dos preços, situando-a num valor excessivo para a maioria dos usuários.

Na opinião da CTB, os custos decorrentes da medida devem ser bancados pelo patronato, através da redução da sua margem de lucros, pois conforme informou o próprio prefeito durante a reunião do Conselho da Cidade o empresariado é quem menos contribui para bancar o preço de produção do transporte na capital paulista. Quem paga, com isto, é a população. É preciso cobrar também do governo Alckmin a suspensão imediata do aumento do bilhete do Metrô.

A revogação do reajuste das tarifas de ônibus e Metrô é uma medida emergencial reivindicada pelos que fazem uso do transporte coletivo e vivem o dia a dia dramático da mobilidade urbana nos centros metropolitanos. Mas é preciso ressaltar que o movimento popular que toma as ruas não só em São Paulo como em todo o País quer muito mais. Reclama mais saúde pública e de qualidade, educação, moradia, transporte. 

O clamor das ruas mostra e reforça a necessidade de avançar nas mudanças políticas em direção a um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania e democracia, bandeira da Conclat levantada hoje unitariamente pelas centrais sindicais. Isto passa por mudanças na política econômica, a realização de reformas estruturais (agrária, política, tributária, urbana, educacional e da mídia) e o atendimento de demandas históricas da classe trabalhadora como a redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, ratificação da Convenção 158 da OIT e fortalecimento da agricultura familiar, entre outras.

São Paulo, 19 de junho de 2013
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Fábio Marques
Diretor de Imprensa e Divulgação da CTB/PB


segunda-feira, 17 de junho de 2013

CTB/PB realiza 3º Congresso Estadual em Patos

3º Congresso estadual da CTB/PB aconteceu em Patos.

CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba, realizou o seu 3º Congresso Estadual nos dias 14 e 15 de junho de 2013 em Patos, sertão do estado, onde contou com 236 delegados, sendo 120 homens e 116 mulheres, representando 105 entidades sindicais filiadas à central.

O 3º Congresso Estadual foi denominado “João Pedro Teixeira”, em homenagem aos 51 anos do assassinato do líder das Ligas Camponesas na Paraíba, e contou com os representantes do Memorial das Ligas Camponesas, localizada no Município de Sapé, Brejo Paraibano.

Durante a realização do congresso foi feita uma análise da conjuntura política internacional, nacional e estadual, o balanço político organizativo dos trabalhos realizados nos últimos quatro anos, o plano de lutas, a alteração estatutária, eleição dos membros da Diretoria, Conselho Fiscal e dos dirigentes de 14 regionais da central em todo o estado.

O dirigente da CTB nacional, Eduardo Navarro, que acompanhou todo o congresso, enfatizou o crescimento da central no estado, o grau de unidade encontrado e acima de tudo a conquista de muitas filiações de sindicatos em todas as regiões, representando as mais diversas categorias. “Saio daqui com a certeza do compromisso de todos que fazem a CTB/PB e quero nesse momento declarar empossada a nova diretoria eleita que terá mandato até 2017”, frisou o mesmo.

Para o presidente José Gonçalves, que foi reconduzido a mais quatro anos de mandato, a CTB vem no caminho certo, pois no primeiro congresso participaram 126 delegados, no segundo congresso 143 e no terceiro 236, destacando-se a presença das mulheres e da juventude.

A Diretoria composta por 33 diretores, tem 17 homens e 16 mulheres. As delegacias regionais de: João Pessoa, Guarabira, Cuité, Campina Grande, Itabaiana, Monteiro, Taperoá, Princesa Isabel, Patos, Itaporanga, Pombal, Catolé do Rocha e Cajazeiras, são compostas por três coordenadores, sendo um geral, organização e mobilização e outro de Formação Sindical, chegando a 42 sindicalistas, que com os 33 membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, totaliza 75 dirigentes sindicais.

O planejamento estratégico situacional e a formação sindical tem sido uma das prioridades da CTB/PB e para isso está marcado para os dias 3 e 4 de agosto de 2013, o planejamento da nova Direção, incluindo todos os diretores regionais. Essa formação estará a cargo do CES (Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho) e da secretaria de formação sindical da CTB nacional.


CTB/PB.

Veja fotos do evento:









domingo, 16 de junho de 2013

Senador quer atrapalhar a vida dos que passam em concurso

Ainda não foi desta vez que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) votou o projeto de lei do Senado (PLS 74/2010) que estabelece regras gerais para concursos públicos realizados pela União. Na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, pedido de vista coletiva foi motivado por divergências em torno da obrigatoriedade de órgãos do governo federal nomearem ou contratarem os candidatos aprovados dentro do número de vagas previstos no edital e no prazo de validade do concurso.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) questionou se essa obrigação persistiria na hipótese de faltarem recursos orçamentários para contratação ou de mudança na política de governo, que, por meio de reforma administrativa, julgasse desnecessária a criação dos cargos previstos no concurso. E disse que a mudança do pólo de interesse ativo do concurso era inoportuna:
- O interesse que deve prevalecer é o da administração, jamais o do concurso – sustentou, ressalvando, entretanto, a necessidade de se estabelecerem regras claras que também respeitem as circunstâncias dos candidatos.
SOLUÇÃO – Depois de defender um maior amadurecimento da discussão, Cássio sugeriu uma solução mediana ao relator do PLS 74/2010, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Em vez de garantir a nomeação de todos os aprovados nas vagas previstas, esse direito ficaria restrito àqueles já convocados para o curso de formação.
Rollemberg esclareceu que a medida proposta em seu parecer está amparada em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconhece o direito subjetivo dos aprovados a nomeação nas vagas oferecidas no edital e dentro da validade do concurso.
Uma das principais inovações contidas no substitutivo ao PLS 74/2010 é proibir a realização de concurso público para formação de cadastro de reserva no serviço público federal. A proposta impede ainda a “oferta simbólica de vagas”, definida como a abertura de concurso com número de vagas inferior a 5% dos postos já existentes no cargo ou emprego público federal.